Resolução foi aprovada por 37 votos contra 4, com 6 abstenções.
Texto pede que a ONU atue contra a repressão a oposicionistas no país.
O conselho aprovou uma resolução proposta pela União Europeia, com 37 votos a favor, quatro contra e seis abstenções. China, Rússia, Cuba e Equador votaram contra.
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O documento pede que os "órgãos principais" das Nações Unidas analisem um relatório, divulgado na segunda-feira, que concluiu que crimes contra a humanidade foram cometidos no país e "tome ações apropriadas".O grupo também estabeleceu o novo cargo de investigador especial de direitos humanos na Síria.
O embaixador da Síria na ONU em Genebra, Faysal Khabbaz Hamoui, denunciou a resolução como "politizada" e com o objetivo de "fechar as portas". Ele pediu aos países que votassem contra o texto.
Os Estados Unidos, que votaram a favor, elogiaram o resultado na terceira sessão especial para a Síria neste ano.
"Nós criamos o cenário de uma forma muito substantiva para a ação forte da ONU se outras entidades optarem por aproveitar a oportunidade", disse à Reuters a embaixadora dos EUA, Eileen Chamberlain Donahoe.
"A evidência que temos visto não deixa dúvida sobre a cumplicidade de autoridades sírias e fornece uma base muito forte de responsabilidade para avançar em outras instituições."
Questionada se isso significava o Tribunal Penal Internacional, ela respondeu: "Absolutamente, incluindo o TPI se o Conselho de Segurança decidir enviar a questão."
A repressão a protestos contra o regime do presidente Bashar al Assad, iniciadas em março, já provocaram pelo menos 4.000 mortes, segundo o Alto Comissariado da ONU para Direitos Humanos.
Assad nega os crimes, diz ter apoio popular e afirma que o regime está se defendendo de grupos que querem criar instabilidade.
A comunidade internacional, incluindo a Liga Árabe, aumenta a pressão contra o regime, com sanções econômicas contra pessoas e entidades ligadas ao regime.
Rússia critica
A Rússia considerou "inaceitável" a condenação e denunciou a possibilidade subjacente de uma intervenção militar no país.
"As posições (expressas) no documento, que evoca de maneira velada a possibilidade de uma intervenção estrangeira no país, com o pretexto de defender a população da Síria, são inaceitáveis para a parte russa", indicou o Ministério das Relações Exteriores russo em comunicado.
Manifestação pró-Assad nesta sexta-feira (2) em Damasco, capital da Síria (Foto: AFP)
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Rony Barbosa.