Atos contra reforma reuniram 3,5 milhões na França, dizem sindicatos
Para o governo, só 1,1 milhão foram às ruas contra a nova Previdência.
Houve confrontos de rua, e presidente prometeu intervir em refinarias.
A CGT, principal central sindical francesa, disse que cerca de 3,5 milhões de pessoas em todo o país participaram nesta terça (19) do dia nacional de greves e paralisações contra a reforma da aposentadoria, que paralisa o país, interfere nos transportes públicos, provoca confrontos de rua e o temor do desabastecimento de combustíveis.
Já o Ministério do Interior afirmou que 1,1 mihão de franceses foram às ruas contra a mudança das regras.
O Senado deve votar a reforma ainda nesta semana.
Mais cedo, o presidente da França, Nicolas Sarkozy, que propôs as reformas, anunciou que vai tomar medidas contra o bloqueio das refinarias do país e para "garantir a ordem" nas ruas.
Sarkozy falou ao fim de uma reunião com a chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente russo, Dimitri Medvedev.
Ele disse também que as forças da ordem vão conter os atos de violência.
O presidente insistiu em que "refletiu muito" antes de iniciar a reforma. Sarkozy argumentou que, desde 1950, a expectativa de vida dos franceses subiu 15 anos, o que obrigou a reforma.
Aeroviários, ferroviários, professores, carteiros e os motoristas dos carros-blindados que abastecem caixas eletrônicos se juntaram aos petroleiros e aos secundaristas num dia dedicado a manifestações contra o projeto que eleva a idade mínima de aposentadoria de 60 para 62 anos.
O Senado deve votar na quarta-feira o projeto, que segundo o governo é crucial para controlar o déficit previdenciário e equilibrar as contas públicas. Mas muitos franceses temem a reversão de direitos adquiridos, e se sentem injustamente punidos.
A maioria dos analistas acha que os protestos minguarão após a aprovação da reforma. Mas os influentes sindicatos franceses, que já derrotaram reformas previdenciárias e trabalhistas em 1995 e 2006, prometem não desistir.
"A rua tem poder, e ela pode ser mais poderosa do que o governo", disse o militante trotskista Olivier Besancenot, líder do Novo Partido Anticapitalista, a uma rádio.
Transportes
Cerca de metade dos serviços ferroviários estão parados, e entre 30 a 50 por cento dos voos foram cancelados. Mas o metrô de Paris e os trens Eurostar andam normalmente.
A empresa Exxon Mobil disse que a liberação de estoques estratégicos está atenuando a escassez de combustível causada pela greve nas 12 refinarias francesas.
Cerca de 20% dos postos de combustível do país estão parados.
A tensão entre governo e sindicatos terá reflexos nesta terça, apoiada por 71% dos franceses, segundo pesquisa do instituto CSA. Estão programadas 266 manifestações pelo país.
A Sociedade Nacional de Caminhos de Ferro (SNCF, na sigla em francês) anunciou que, por enquanto, suas previsões estão sendo cumpridas. Para hoje, está prevista a circulação de 60% dos trens com saída ou destino a Paris, metade dos trens de alta velocidade (TGVs), 25% dos trens regionais e todos os Eurostar.
Já o Ministério do Interior afirmou que 1,1 mihão de franceses foram às ruas contra a mudança das regras.
O Senado deve votar a reforma ainda nesta semana.
Mais cedo, o presidente da França, Nicolas Sarkozy, que propôs as reformas, anunciou que vai tomar medidas contra o bloqueio das refinarias do país e para "garantir a ordem" nas ruas.
Jovens participam de protesto nesta terça-feira (19) em Bordeaux. (Foto: AP)
Em entrevista em Deauville, Sarkozy disse que entende a "inquietação" provocada pelas reformas, disse que a oposição tem direito a protestar pacificamente, mas afirmou que o déficit previdenciário no país não pode continuar.Sarkozy falou ao fim de uma reunião com a chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente russo, Dimitri Medvedev.
Ele disse também que as forças da ordem vão conter os atos de violência.
O presidente insistiu em que "refletiu muito" antes de iniciar a reforma. Sarkozy argumentou que, desde 1950, a expectativa de vida dos franceses subiu 15 anos, o que obrigou a reforma.
Estudantes enfrentam polícia durante protesto em Lyon nesta terça-feira (19). (Foto: Reuters)
Falando à Assembleia Nacional, o premiê François Fillon disse que a distribuição de combustíveis deve voltar ao normal em 4 ou 5 dias.Aeroviários, ferroviários, professores, carteiros e os motoristas dos carros-blindados que abastecem caixas eletrônicos se juntaram aos petroleiros e aos secundaristas num dia dedicado a manifestações contra o projeto que eleva a idade mínima de aposentadoria de 60 para 62 anos.
O Senado deve votar na quarta-feira o projeto, que segundo o governo é crucial para controlar o déficit previdenciário e equilibrar as contas públicas. Mas muitos franceses temem a reversão de direitos adquiridos, e se sentem injustamente punidos.
A maioria dos analistas acha que os protestos minguarão após a aprovação da reforma. Mas os influentes sindicatos franceses, que já derrotaram reformas previdenciárias e trabalhistas em 1995 e 2006, prometem não desistir.
"A rua tem poder, e ela pode ser mais poderosa do que o governo", disse o militante trotskista Olivier Besancenot, líder do Novo Partido Anticapitalista, a uma rádio.
Transportes
Cerca de metade dos serviços ferroviários estão parados, e entre 30 a 50 por cento dos voos foram cancelados. Mas o metrô de Paris e os trens Eurostar andam normalmente.
Cerca de 20% dos postos de combustível do país estão parados.
A tensão entre governo e sindicatos terá reflexos nesta terça, apoiada por 71% dos franceses, segundo pesquisa do instituto CSA. Estão programadas 266 manifestações pelo país.
Estações de trens estão lotadas na França, especialmente em Paris. (Foto: Gonzalo Fuentes / Reuters)
A Sociedade Nacional de Caminhos de Ferro (SNCF, na sigla em francês) anunciou que, por enquanto, suas previsões estão sendo cumpridas. Para hoje, está prevista a circulação de 60% dos trens com saída ou destino a Paris, metade dos trens de alta velocidade (TGVs), 25% dos trens regionais e todos os Eurostar.
Trabalhadores em greve bloqueiam a entrada da refinaria de petróleo de Grandpuits, a leste de Paris. (Foto: Benoit Tessier / Reuters)
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Rony Barbosa.