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quinta-feira, 27 de junho de 2013

Do G1 BA
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Moradores das cidades baianas de Ilhéus, Mucuri, Vitoria da Conquista e Barreirasfizeram manifestações nesta quarta-feira (26) para pedir, principalmente, pela melhoria no transporte público no país e pela melhora na administração pública dos municípios.
Em Ilhéus, região sul do estado, centenas de pessoas fizeram uma manifestação durante a tarde pelas ruas do centro. A concentração ocorreu às 14h, mas o grupo só iniciou caminhada por volta das 16h. Eles se encontraram na praça Dom Eduardo, em frente ao Teatro Municipal, de onde partitram. Até o início da noite, a manifestação percorreu as ruas da cidade. O grupo fechou parte da Avenida Tiradentes e a Praça Cairu. A mobilização ocorreu de maneira pacífica e organizada, segundo a polícia.
"Além do transporte de qualidade, nós estamos pedindo a diminuição da tarifa do transporte público de Ilhéus", disse o produtor audiovisual Marcos Alcântara.
Protesto (Foto: Camila dos Anjos/TV Santa Cruz)Protesto em Ilhéus percorreu ruas do centro
(Foto: Camila dos Anjos/TV Santa Cruz)
Um dos locais por onde passou a manifestação é o "calçadão", onde se concentra o comércio da cidade. As ruas estavam com movimento pequeno de pessoas e veículos devido à liberação de muitos trabalhadores por causa da realização do jogo do Brasil contra a seleção do Uruguai, que começou às 16h desta quarta.
Em Mucuri, no extremo sul, o protesto foi durante a manhã. Por volta das 6h, manifestantes queimaram pneus na BR-101, na altura do distrito de Itabatã. A pista ficou bloqueada por cerca de uma hora, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF). Segundo os manifestantes, o protesto foi contra o descaso do dinheiro público no país, pela melhoria do transporte de universitários das cidades vizinhas e pela emancipação política do distrito de Itabatã. O congestionamento chegou a 5 km, informou a PRF.
Em Barreiras, cerca de 600 pessoas protestaram durante a noite. A principal reivindicação dos manifestantes é pela melhoria do transporte público na cidade. Uma Organização Não Governamental (ONG) de Inclusão Social também participou do protesto e pediu maior acessibilidade para os deficientes físicos.
Já em Vitória da Conquista, no sudoeste, um grupo com aproximadamente 50 pessoas fechou as duas vias de parte da BR-116, trecho que passa dentro da cidade. Os manifestantes levaram cartazes com pedidos de melhorioas no transporte público na educação. Eles estavam divididos entre afiliados a partidos políticos e manifestantes que não queriam a presença de partidários.
Recomendação do MPF
A Secretaria da Segurança pública da Bahia (SSP) informou, em nota, na tarde desta quarta-feira, que a Polícia Militar do Estado não vai deixar de usar armas não-letais (spray de pimenta, balas de borrachas e gás lacrimogêneo) nas manifestações ocorridas em Salvador desde o dia 20 de junho.
Segundo a SSP, "os armamentos não-letais são necessários para coibir atos de violência durante manifestações populares". A Secretaria acrescentou que tais armas são utilizads pela PM com o intuito de "garantir a ordem pública, depois de esgotadas todas as tentativas de negociação, e apenas em situações de extrema necessidade".
Mais cedo, o Ministério Público Federal da Bahia (MPF-BA) divulgou que o procurador regional dos Direitos do Cidadão, Leandro Bastos Nunes recomendou à SSP-BA a suspensão do uso de spray de pimenta, gás lacrimogêneo e balas de borracha, pela PM durante asmanifestações na capital baiana. Os protestos ocorrem em Salvador desde o dia 20 de junho.
Em entrevista ao G1, o procurador Leandro Bastos explicou a recomendação. "Na verdade, houve uma resolução publicada no dia 18 de junho, pelo Conselho de Direito da Pessoa Humana que indica que as secretarias da Segurança Pública de todos os estados observassem o uso dessas armas e que fosse usado apenas em último caso. Recomendamos que se cumpra essa resolução", disse o procurador.
Através da assessoria, o MPF informou que a recomendação é fruto da investigação feita pelo órgão na atuação da PM durante a manifestação do dia 20. "Em alguns casos, a PM estava atingido pessoas que não estavam transbordando o direito de manifestação. O usos [dessas armas] deve ser feito em último caso. Ouvimos pessoas que participaram das manifestações", afirmou Bastos.
Policiais militares quee atuaram durante os protestos não foram ouvidos pelo MPF.
Manifestações
As manifestações ocorrem em todo o país e começaram com o pedido de redução do valor das passagens e pedido de passe livre no transporte público em São Paulo. Os protestos se espalharam por todo o país e as exigências também aumentaram. Manifestantes protestam por educação de qualidade, transporte, contra a corrupção, dentre outros motivos.(g1)

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Rony Barbosa.