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sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Cesta básica aumenta 2,82% na capital

Cesta básica aumenta 2,82% na capital
05/11/2010   10:36
Fonte: Jornal da Paraíba

Com alta de 30,68% em outubro, o feijão foi o maior vilão no custo da cesta básica em João Pessoa, segundo informou, ontem, o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). O preço dos 12 produtos alimentícios essenciais aumentou 2,82%, saindo de R$ 181,23, em setembro, para R$ 186,34, em outubro. Apesar da alta, a cesta da capital paraibana permanece como o segundo menor custo entre as 17 capitais pesquisadas, ficando atrás de Aracaju (R$ 172,40). De acordo com a pesquisa do Dieese, o preço de 4,5 quilos de feijão aumentou para R$ 20,70 ante aos R$ 15,84 do mês anterior. O feijão encareceu e todas as capitais do país no mês de outubro. João Pessoa registrou a quinto maior taxa (30,68%), enquanto as cidades de Fortaleza (38,12%) e Belo Horizonte (37,12%) registraram as maiores altas. ELEVAçãO DE PREçO Além da forte alta do feijão, outros sete produtos apresentaram elevação em outubro. Os itens como açúcar (4,89%), óleo de soja (2,92%), carne (2,56%), leite (2%), café (1,81%), pão (1,59%) e arroz (1,05%). Já os produtos que registraram retração em seus preços, as mais altas foram banana (-12,82%), tomate (-3,79%), manteiga (-2,67%) e farinha (-1,62%). Segundo o economista e supervisor do Dieese, regional Paraíba, “o custo da cesta básica pessoense aumentou em outubro, depois de cair por cinco meses consecutivos. Já na comparação a outubro 2009, houve elevação de 6,36% (R$ 175,19)”, comentou Silva, lembrando que o valor da cesta é para alimentar uma pessoa durante um mês. De janeiro a outubro deste ano, o feijão chegou a dobrar (99,04%) em João Pessoa, enquanto o açúcar subiu 25,32% e banana com 10,51% vieram mais atrás. Em menor proporção, ficaram a carne (6,55%), café (6,42%), pão (4,16%), leite (3,55%) e arroz (1,05%). Já os itens que apresentaram as maiores reduções de janeiro a outubro foram o tomate (-9,29%), óleo de soja (-8,74%), farinha (-5,70%) e manteiga (-2,31%). Para alimentar uma família (quatro pessoas) o pessoense vai gastar R$ 559,02 com os produtos alimentícios, o equivalente a aproximadamente 1,09 vezes o salário mínimo bruto atual (R$ 510). Já o comprometimento do Salário Mínimo com a cesta básica em João Pessoa em outubro, a compra da cesta demandava 38,63% do valor líquido recebido pelo trabalhador, enquanto em setembro exigia 39,71%. SALáRIO MíNIMO De acordo com o cálculo do Dieese, o salário mínimo que deveria suprir as despesas do trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, deveria ser de R$ 2.132,09, o que corresponde a 4,18 vezes o mínimo em vigor. Os valores são maiores que os apurados para setembro, quando o mínimo necessário foi estimado em R$ 2.047,58. Em outubro do ano passado, o o valor necessário era menor (R$ 2.085,89), mas número de salários para cobrir era maior (4,49 vezes), pois o mínimo então em vigor era de R$ 465. No país, a cesta básica ficou mais cara em 16 das 17 capitais pesquisadas pelo Dieese em outubro. A maior alta de preços foi registrada em Curitiba (5,78%), Goiânia (5,64%) e Belo Horizonte (5,50%). A única capital a registrar queda nos preços foi Aracaju, onde houve recuo de 0,67% no mês passado. Já o estado de São Paulo, que teve uma variação de 5,27% nos preços da cesta básica em outubro, mantém a liderança no custo dos produtos alimentícios essenciais. A cesta básica na capital paulista em outubro, segundo os dados do Dieese, ficou em R$ 253,79.

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Rony Barbosa.

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